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Mulheres na gestão do ensino superior: adoecimento e estratégias de enfrentamento das demandas do trabalho
14-12-2023

O artigo que versa sobre o adoecimento e as estratégias de enfrentamento das demandas do trabalho de mulheres na gestão do ensino superior, fruto de pesquisa desenvolvida pelos pesquisadores Valicir Melchiors Trebien, Letícia de Lima Trindade, Simone Coelho Amestoy, Vanessa Corralo, Denise Azambuja Zocche, Maiara Bordignon foi publicado na Revista Saúde e Sociedade https://doi.org/10.1590/S0104-12902021200048.

O mundo do trabalho está mudando, com novos avanços tecnológicos e transformações sociais. No Brasil, essas mudanças têm afetado especialmente as mulheres, que estão ocupando mais cargos de liderança. No entanto, elas ainda enfrentam desafios, como as expectativas tradicionais sobre seu papel em casa.

A presente pesquisa foi realizada em 2017 e investigou como essas mudanças afetam a saúde e o bem-estar de mulheres em cargos de gestão no ensino superior. O estudo contou com 43 participantes, que foram entrevistadas e responderam a questionários.

As participantes, em sua maioria com mestrado ou doutorado e experiência média de cinco anos na gestão, relataram enfrentar obstáculos à ascensão profissional. Elas também relataram sintomas físicos e emocionais, como fadiga e ansiedade, relacionados ao trabalho.

Os resultados da pesquisa indicam que as mulheres líderes enfrentam desafios que podem prejudicar sua saúde. Esses desafios incluem:

 

  • Estereótipos de gênero que prejudicam a liderança feminina;
  • Exigências de trabalho excessivas;
  • Dificuldades em conciliar trabalho e vida pessoal.

 

A pesquisa também mostrou que as estratégias de enfrentamento mais comuns são individuais, como terapias e atividades físicas. Estratégias coletivas, como apoio de colegas e políticas organizacionais que promovam a igualdade de gênero, são menos comuns.

Os resultados da pesquisa destacam a importância da Psicodinâmica do Trabalho, que estuda a relação entre o trabalho e a saúde. Eles também apontam para a necessidade de mudanças culturais nas organizações, para que elas promovam ambientes de trabalho mais igualitários e saudáveis para as mulheres.

A pesquisa, embora limitada em quantidade de participantes, oferece insights valiosos sobre a complexidade da saúde no trabalho para mulheres em cargos de gestão. Futuros estudos podem explorar competências e habilidades específicas, assim como os mecanismos que ligam fatores laborais ao sofrimento e adoecimento nesse contexto.

O compromisso das instituições de ensino em promover ambientes de trabalho mais igualitários é vital para o avanço dessa discussão.

Fonte: Unochapecó

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