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Idosos com diabetes mellitus e/ou hipertensão arterial: adesão à medicação
30-11-2023

Estudo que abordou a adesão a medicação por idosos com diabetes mellitus e/ou hipertensão arterial, de autoria dos pesquisadores Danieli Covalski, Marcelo Ribeiro Primeira, Samuel Spiegelberg Züge e Érika Eberlline Pacheco dos Santos, foi publicado na Revista científica de enfermagem: DOI: 10.24276/rrecien2021.11.33.360-369.

As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) são as principais causas de morte global, representando cerca de 38 milhões de óbitos anuais, sendo 72% das causas de mortalidade no Brasil. Dentre essas, o diabetes mellitus (DM) afeta aproximadamente 16 milhões de brasileiros e a hipertensão arterial sistêmica (HAS) atinge 30 milhões de pessoas no país. Em grupos vulneráveis, como idosos, os desafios para o tratamento são maiores, inclusive em relação a baixa adesão à medicação. O acompanhamento pela Estratégia de Saúde da Família (ESF) busca melhorar a adesão, mas a descontinuidade no acesso e complexidade na medicação são obstáculos para os profissionais de saúde.

O estudo foi conduzido em três Estratégias de Saúde da Família em um município de médio porte no Extremo Oeste de Santa Catarina. Os participantes foram indivíduos com 60 anos ou mais, de ambos os sexos, com diabetes mellitus e/ou hipertensão arterial sistêmica, em tratamento nas ESFs. A coleta de dados foi realizada de junho de 2017 a março de 2018. Os dados foram obtidos por questionário de caracterização sociodemográfica, econômica e perfil clínico, além de uma Escala de Adesão Terapêutica.

 Os resultados apontaram uma maioria de participantes do sexo feminino, baixa escolaridade e renda de até dois salários mínimos. A maioria não praticava atividades físicas regularmente e apresentava comportamentos saudáveis, como não fumar e não consumir bebidas alcoólicas. Quanto às condições clínicas, a hipertensão arterial sistêmica foi a mais prevalente, seguida por diabetes mellitus e a combinação de ambas. A adesão terapêutica variou, sendo 71,7% considerados aderentes.

A relação entre adesão e características sociodemográficas revelou significância na escolaridade, alimentação e tabagismo, destacando a importância desses fatores na adesão terapêutica. Os participantes com maior escolaridade, melhores hábitos alimentares e que não faziam uso de tabaco apresentaram maior adesão. Além de favorecer o tratamento, esses hábitos contribuem para o controle das doenças e melhoria da qualidade de vida dos pacientes portadores dessas doenças.

O estudo enfatiza a necessidade de intervenções educativas nas Estratégias de Saúde da Família, visando melhorar a compreensão da doença, a adesão ao tratamento e a promoção da saúde em idosos.

Algumas ações e condutas foram determinadas como importantes para fortalecer as ações baseadas nas necessidades dos pacientes estudados. Dentre elas, estão:  consultas de enfermagem com ênfase na adesão terapêutica, grupos com atividades que fortaleçam e incentivem a adesão, sala de espera, entre outras atividades que também envolvam a equipe multiprofissional, buscando um cuidado integral e humanizado.

Fonte: Unochapecó

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