Percepção de cirurgiões dentistas que atuam na atenção primária à saúde acerca de conhecimentos, atitudes e medidas de gestão da covid-19

Géssica Zamboni Cigognini

Unochapecó

Sinval Adalberto Rodrigues Junior

Unochapecó

Resumo

O objetivo da pesquisa foi analisar a percepção de cirurgiões dentistas que atuam na Atenção Primária à Saúde (APS) acerca de conhecimentos, atitudes e medidas de gestão da COVID-19. A pandemia por COVID-19 acarretou mudanças significativas no processo de trabalho dos profissionais de saúde, principalmente nos que atuavam na APS (também conhecida como atenção básica, situada no primeiro nível de atenção do Sistema Único de Saúde - SUS). A odontologia foi, e segue sendo uma das profissões de maior risco para a disseminação da doença, visto que o vírus é transportado pelo ar e existe a possibilidade de transmissão assintomática. O estudo contribuiu para o diagnóstico situacional. Além disso, fatores como a biossegurança imposta nos serviços odontológicos com a incorporação de novos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e os cuidados prévios para prevenção de contaminação do ambiente foram responsáveis pela manutenção da integridade na categoria profissional estudada. A pesquisa foi realizada com 60 cirurgiões dentistas atuantes na APS nas regiões seccionais do Rio Grande do Sul. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Unochapecó sob o protocolo no. 5.785.110. Em relação ao conhecimento sobre a doença, muitos profissionais relatam ter sido capacitados para adquirir conhecimento sobre a doença e atuar com qualidade e segurança no sistema de saúde. No processo de trabalho direcionado às atitudes dos profissionais na prática clínica no cenário pandêmico, os cirurgiões dentistas interagiram com outros profissionais de saúde para tomarem deciões acerca do enfrentamento da COVID-19. Na dimensão gerencial, os profissionais relataram que em algum momento da pandemia houve a suspensão de procedimentos eletivos, ficando liberados apenas os procedimentos de urgência e emergência até os níveis de transmissibilidade do vírus serem contidos. Além disso, fatores como a biossegurança imposta nos serviços odontológicos com a incorporação de novos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e os cuidados prévios de contaminação do ambiente foram responsáveis pela manutenção da integridade na categoria profissional estudada. Assim, sugere-se a elaboração de capacitações dos profissionais de saúde por meio do apoio dos gestores frente ao tema. São inúmeros os desafios a serem enfrentados para o fortalecimento da APS, buscando uma assistência mais resolutiva à saúde.

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